Preocupada em realizar a inclusão dos alunos com necessidades especiais na Rede Municipal de Ensino, a Prefeitura de Santana de Parnaíba promove, ao longo do ano, diversas ações que visam preparar seus profissionais para melhor atender esta parcela da população. A mais recente delas foi promovida por meio da Secretaria Municipal de Educação, com a realização de um curso básico de Língua Brasileira de Sinais (Libras), oferecido aos professores que lecionam nos Colégios Municipais. As aulas, que estão acontecendo no auditório da Secretaria de Educação, tiveram início na última segunda-feira (06/08) e se estendem até outubro.

O curso de Libras, com carga de 30 horas, está sendo ministrado pelo Instituto Favalli, que tem mais de 30 anos de experiência no mercado. Ao todo, estão participando das aulas 120 professores de diversas séries dos Ensinos Fundamental e Médio. Os docentes estão divididos em quatro turmas. As aulas de cada uma delas acontecem uma vez por semana, sendo ministradas as segundas, quartas e sábados.

De acordo com o palestrante Paulo Favalli, que está dando aula para duas turmas, a finalidade do curso é preparar os professores para que possam realizar uma comunicação simples com os alunos com surdez. “Por se tratar de um curso básico de Libras, não permite que eles se tornem interpretes. O nosso objetivo é que os professores tenham condições de se comunicar com os seus alunos que tenham esta deficiência”, garantiu Paulo.

Alguns dos professores que estão participando do curso não possuem em suas classes alunos com deficiência auditiva. Mas, mesmo assim, eles se interessaram em aprender a linguagem a fim de se preparar, caso precisem dar aulas para alunos com surdez.

Este é o caso da professora Eliana de Oliveira Loureiro, que leciona Artes para alunos do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Municipal Tenente General Gaspar de Godói Colaço, localizado no Centro da cidade. “Eu nunca tinha tido aulas de Libras antes. Espero, com este curso, conseguir me comunicar com os alunos com deficiência auditiva, para que eles não se sintam excluídos”, disse Eliana.

Outra professora que pensa da mesma forma é Thais de Andrade Oliveira, que leciona Ciências e Biologia para alunos do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Municipal Educador Paulo Freire, no bairro Itapuã. “Não tenho alunos com surdez, mas conheço bem a dificuldade que eles têm para se comunicar, pois já estudei com uma pessoa surda. Por isso, quando soube do curso, decidi me inscrever para aprender a me comunicar com eles e, assim, saber o que eles precisam”, afirmou Thais.

Inclusão na Rede

Para promover a inclusão dos alunos com necessidades especiais, a Secretaria Municipal de Educação desenvolve, desde 2002, o projeto “Inclusão: conquistando meu espaço”. Por meio dele, são assistidos, atualmente, aproximadamente 400 estudantes, com diversas necessidades especiais, que estão matriculados nos Colégios Municipais da cidade.

A Rede Municipal de Ensino conta uma equipe profissional, composta por psicólogo, fonoaudiólogo e terapeutas ocupacionais para atender os estudantes com necessidades. Estes profissionais realizam visitas periódicas aos colégios municipais, para orientar os professores sobre a Inclusão e, também, para observar o desenvolvimento e formação dos alunos.

Ao todo, a Rede Municipal possui 23 alunos que utilizam a linguagem dos sinais para se comunicar. As crianças com surdez estão matriculadas nos Colégios Municipais Hortência Alves do Santos e Colégio Municipal Ciranda, ambos na Fazendinha e no Colégio Norberto Reginaldo Rocha, no Cururuquara. Elas estudam em salas para surdos e salas regulares. Todos os alunos possuem intérpretes.

Fonte: Folha Paulistana