A Prefeitura de Santana de Parnaíba, preocupada com a baixa adesão à Campanha Municipal de Vacinação Antirrábica, realizada ao longo do mês julho, irá reforçar a vacinação de cães e gatos nos dois próximos finais de semana (15/16/22 e 23 de setembro). Serão disponibilizados, nestes dias, oito postos de vacinação, que serão instalados em pontos estratégicos do município. 

A ação, promovida por meio do Departamento de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, tem como finalidade dar uma nova oportunidade para aqueles moradores que não levaram os seus animais para se vacinarem. Portanto, os devem procurar o posto mais próximo para imunizar seus bichinhos de estimação

A vacinação, que acontece anualmente, foi suspensa por quase dois anos, após relatos de mortes e efeitos colaterais graves em animais vacinados. Este ano, a vacina é de cultivo celular e apresenta um maior poder de imunização. E, para evitar que novas mortes ocorram, foram adotadas novas medidas de segurança, exigindo do laboratório produtor aperfeiçoamento no processo de produção.

De acordo com a coordenadora do Departamento de Zoonoses da cidade Mariângela Palma Rosa Pessuto, a campanha, realizada em julho, imunizou somente cerca de nove mil animais, diferentemente da anterior, que atingiu mais de 20 mil. Segundo ela, o baixo número de animais imunizados deve-se a grande preocupação dos moradores com os casos de mortes, que ocorreram em anos anteriores. “As pessoas estão com receio de vacinar seus animais pelo que aconteceu no passado. Porém, elas não têm motivos para este temor, pois esta vacina que estamos aplicando é de ótima qualidade, inclusive, recomendada pelos veterinários. O que elas não podem é deixar de vacinar seus animais, pois eles estarão desprotegidos e poderão contrair a raiva”, disse Mariângela.

A coordenadora do Departamento de Zoonoses atribui outro fator para a baixa participação na campanha, pois ela foi feita de forma rápida e, com isso, não houve muito tempo para divulgação. “Como ficamos dois anos sem campanha, as pessoas perderam o costume de levar seus animais para vacinar. E, além disso, tivemos pouco tempo para divulgar a vacinação. Por isso, resolvemos retomar a campanha, para que as pessoas que não foram em julho possam vacinar seus animais desta vez”, garantiu Mariângela.

A dose é destinada a cães e gatos a partir de três meses de idade, inclusive fêmeas no cio, prenhas ou amamentando e animais idosos. Os que estiverem passando por algum tipo de tratamento poderão receber a dose da vacina, desde que haja autorização do médico veterinário responsável. Os animais que estiverem recebendo a dose pela primeira vez, não precisarão da dose de reforço 30 dias após, como acontecia anteriormente.

O morador deve transportar seu animal de forma adequada. Os cães dóceis poderão usar apenas coleira e guia. Já os mais agressivos, devem utilizar focinheira. Geralmente ariscos, os gatos precisam ser levados em caixas de transportes apropriadas, para evitar fugas e acidentes. As pessoas que não as tiverem, podem improvisar com um carrinho de feira ou dentro de fronhas, desde que o animal esteja contido para evitar acidentes.

O Departamento de Zoonoses informa que as pessoas que não puderem comparecer aos postos de vacinação podem levar seus animais para tomar a dose no próprio setor de Zoonoses, que fica na Estrada Usina Edgard de Souza, 231, Vila Velha, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. As vacinas serão aplicadas no local até as doses acabarem.

Importância da vacinação

É importante salientar que todos os moradores devem imunizar seus cães e gatos. Como esses animais fazem parte do convívio familiar e, caso venham adquirir a doença, ela pode ser transmitida aos seres humanos.

O vírus presente na saliva do animal infectado penetra no corpo via pele ou mucosas, por meio de mordeduras, arranhões ou lambeduras. Ao ser mordido ou arranhado, o ideal é lavar o local com água e sabão e procurar um posto de saúde. Se o dono for desconhecido, é indicado também entrar em contato com o setor de Zoonoses. Se transmitida ao homem, a patologia quase sempre leva à morte.

Fonte: Folha Paulistana